Ela o viu andando pela avenida, chorando e com uma garrafa de alguma bebida na mão que ela desconhecia, não aguentando a dor de vê-lo chorar e a curiosidade para saber o que havia acontecido, ela foi ao encontro dele.
Os soluços entre meias palavras enquanto ele entrava em prantos não a deixou enteder nada do que ele disse, mas ela ficou junto a ele até que ele se acalmasse e dissesse o que estava havendo.
Ele então explicou a ela, que antes de sair de casa na ultima sexta-feira teve uma briga com seu pai, e ao voltar pra casa somente no domingo à noite, descobriu que ele havia falecido, e que acreditava que era tudo sua culpa.
Ela então o ajudou e o levou para sua casa para tomar um banho e dormir um pouco, após acordar, não tendo dormindo muito ele a chamou, ela sentou ao lado dele na cama.
- Meu pai era tudo que me restava e eu estraguei mais uma vez -disse ele tentando conter as lágrimas- briguei com ele e ele se foi, assim como fiz com você! A culpa é realmente minha, toda minha... eu sempre estrago tudo, e estraguei com as pessoas que eu mais amei em minha vida!
Ela o calou com um beijo, e continuou com um demorado abraço, e disse a ele que tudo seria diferente e eles superariam isso juntos.
Ele então sorriu, pela primeira vez em anos.
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